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FESTIVAL A VIDA NO CENTRO 2020 TERMINA EM GRANDE ESTILO

Caique Diniz, Fernando Claure, Késsy Balog, Leonardo Rinaldi

O Festival A Vida no Centro 2020 foi encerrado no domingo, dia 20 de setembro, à noite, após uma intensa e variada programação de atividades em lives gratuitas. O evento que, na edição deste ano, ocorreu de forma online, contou com show de Chico César no Edifício Martinelli, além de apresentações de teatro digital, tours históricos, aulas de gastronomia, de drinks e de Balé. 

Com a novidade da versão online, o evento permitiu que fosse levado ao público que é fã de atividades no centro diversos assuntos. E surpreendeu os organizadores, pois com a transmissão pela internet, muitos conteúdos foram acompanhados por pessoas de fora da capital.

Denize Bacoccina e Clayton Melo, criadores do projeto A Vida no Centro e realizadores do evento, contam que a paralisação gerada pela quarentena em razão da Covid-19 gerou muitos desafios e a necessidade de adaptação na vida cotidiana e também na realização do evento.

Eles, que se autointitulam como nômades digitais, admitem que chegaram a cogitar a não realização do evento. “A gente ficou pensando que talvez não desse pra fazer, mas vimos que dava pra fazer online. E, na verdade, a gente teve um público muito maior do que no ano passado. O show que a gente fez esse ano teve um público muito maior que no ano passado, e os acessos continuam porque tá tudo online”, afirmou Denize.


Futuro do Festival

E como vai ser daqui pra frente? Pensando num mundo pós-pandemia, a pergunta a ser feita é se seria interessante para o festival ser em um modelo híbrido, com o digital e presencial. Tanto Clayton quanto Denize afirmaram que sim. Ele comenta que, além de dar visibilidade para o festival, é preciso pensar que existe pessoas na própria cidade de São Paulo que, por diversas razões, tem dificuldade em participar do evento presencial, principalmente os idosos e deficientes por questões de mobilidade. “Então, no ano que vem, tem tudo para ser híbrido, a gente vai poder atender a essas pessoas também”, diz. E completa: “Esse ano teve um caso muito interessante que deixou a gente bem emocionado e dizendo [para nós mesmos] que ‘e fosse só por isso, o festival A Vida no Centro já teria valido’”.

 

Show de Chico César

Quanto ao momento mais marcante do festival, Denize e Clayton deram mais uma vez uma resposta em sintonia e contaram que para eles, foi o Show de Chico César. “O que mais emocionou foi o show dele no mirante do Martinelli. Foi exatamente como a gente imaginou, foi uma coisa pequena, em termos de produção, mas com uma carga emocional enorme dele, de quem estava trabalhando e de quem estava assistindo em casa, porque nós recebemos muitos comentários. Então a gente conseguiu fazer essa conexão. Aquilo que a gente imaginou, aconteceu”, afirmou Denize.

Já Clayton disse que aconteceu exatamente o que ele imaginava no caso do show do Chico César no Edifício Martinelli. Ele comentou que isso só foi possível com a parceria com a Secretaria de Turismo da cidade de São Paulo. “A gente queria, desde o começo, criar um show com uma atmosfera intimista e poética. Que não fosse só um show de um grande artista. É um show de um grande artista num lugar único que é o terraço do Martinelli, um ícone com uma história fabulosa, um cenário lindíssimo. Então a gente não queria só o show do Chico César, que para nós já foi uma coisa sensacional. A gente queria o Chico César no Martinelli”, afirmou Clayton.

 

Os Satyros e o Teatro

Com relação às peças de teatro realizados pelo grupo Os Satyros, nos dois dias de evento, Clayton revela que eles são pioneiros nesse modelo digital e já estão em temporada há algum tempo. Segundo ele, o modelo online permite que para certas peças, o público que normalmente é 80 pessoas no presencial, dê um salto para 200 pessoas em média no online, além de atrair um público que não está acostumado com teatro.

“Os Satyros, por exemplo, tem salas pequenas, de oitenta lugares, no digital eles estão fazendo encenação com duzentas, trezentas pessoas. Tem também o relato do público, de pessoas que assistiram à peça de outros estados e de pessoas que não tem o hábito de frequentar teatro”, disse Clayton.

Denize completa dizendo que muitas vezes o hábito de não acompanhar peças de teatro vem por falta do investimento nesse entretenimento em outras localidades do país, assim o festival de maneira online permite que essas pessoas consigam assistir essas peças de qualidade. “Às vezes a pessoa não tem esse hábito porque não tem na cidade dela. Então é difícil, não tem coisa de qualidade em qualquer lugar. É normal a pessoa não conhecer direito. Aí deu um acesso enorme”, completou.

encerramento: Trabalhos
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