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DO CAOS À MÚSICA

Laura Marçola e João Paulo Junqueira

Quando se pensa em São Paulo, logo vem à mente a agitação do cotidiano e muitas pessoas na rua. Contudo, a pandemia mudou esse cenário, e no momento atual, isolados em seus lares, os paulistanos buscam manterem-se seguros e, ao mesmo tempo, resgatarem seus hábitos mais regulares, como o contato com eventos culturais.

É natural pensar dessa forma quando se assiste à peça teatro infantil chamada “Esparrama na Janela”, do grupo Esparrama, sediado em um prédio com vistas para o Minhocão.

O espetáculo, feito em janelas do prédio vizinho do Minhocão e do seu constante vai-e-vem de carro e de pessoas no fim de semana. A peça retrata um personagem, morador do local que, cansado dos insustentáveis barulhos da região, decide trazer música ao caos que ele vive.

A peça originalmente apresentada em uma janela de um dos prédios do minhocão ganhou uma gravação especial para o Festival A Vida No Centro Online e foi apresentada no dia 20 de setembro.

Na sua versão online, o espetáculo foi seguido por uma conversa entre os jornalistas Clayton Melo e Denize Bacoccina, fundadores do A Vida no Centro. Já por arte dos integrantes do Esparrama, os atores Lígia Campos, Rani Guerra e Kleber Brianez e o diretor Iarlei Rangel.

Na conversa pós-apresentação, eles contam um pouco de suas histórias e como está sendo para eles passar esse momento de pandemia, onde não há apresentações teatrais presenciais e como estão se reinventando meio novas tecnologias.  

O espetáculo mostra personagens que vivem no entorno do Minhocão. Entre eles, estão as vizinhas fofoqueiras que tem por lema: “nóis num qué vê, mas nóis tá na janela, nóis vê”, como ficam dizendo em meio suas participações e até um adorável tocador de sanfona, o Senhor Celetenho, chegando a recriar a sua própria versão de Rapunzel.

O espetáculo, voltado a crianças, também diverte adultos e deixa uma mensagem importante ao mostrar que a mistura de personagens resgata a humanidade sobre os moradores da capital paulistana.

            No final, o espetáculo deixa uma reflexão sobre beleza de viver, mesmo durante uma pandemia. A busca do belo, da graça do estar em suas janelas é o modo mais leve se vive e superar todo o caos atual.

Do caos à música: Trabalhos

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